domingo, 11 de agosto de 2019

O Quase Naufrágio do Pirata - Parte II - O Recomeço


     Amigos! Olha eu dando as caras novamente depois de um ano. Saudades da Blogosfera e das pessoas que seguia aqui. Os ventos mudaram, mas sempre me recordo de vocês. Voltei a olhar as postagens de alguns amigos aqui, e me pareceu que era a hora de dizer meu alô para vocês novamente. Espero que o próximo reencontro não seja tão demorado quanto esse...rsrs

Continuando o último post, lhes apresento a  parte II:

O Recomeço


     ... Ao resolver abraçar a vida de empreendedor, fiz a pergunta inicial que todo o novato na área se faz: Qual o produto?
     Essa questão, tão básica em todo o negócio, por si só já é o primeiro desafio de quem decide se enveredar pelos caminhos tortuosos,  porém recompensadores do empreendedorismo. A mente de quem foi doutrinado desde cedo a se encaixar no mercado de trabalho, a aprender fazer o certo e a decorar fórmulas na escola não está acostumada a essas coisas. Porém, era necessário deixar a zona de conforto em prol dos novos objetivos.  E esse era o primeiro, e talvez, um dos menores obstáculos...
     Para tirar o melhor proveito possível do meu  mentor, obviamente decidi que o produto deveria ser do ramo da alimentação,  onde ele atuava e tinha know-how além de outra coisa tão valiosa quanto: uma rede de contatos. Pesquisei na Internet, escolhi um produto e fiz um orçamento de uma linha de produção. Até então,  desde que havia sido demitido, frequentava a empresa dele durante 3 vezes na semana como uma forma de aprender com ele e também de alguma forma ser útil. Já se passara um mês desde a minha demissão e decidi que seria a hora de manifestar minha vontade de seguir seus passos e criar meu negócio. Apresentei então para o mentor, a ideia do produto X, e de cara ele achou o produto ruim para iniciarmos. Talvez pelo Feeling empreendedor, ou pelo preço alto do orçamento da linha de produção,  ou porque achou que não fosse ter saída ( o que eu descobri que mais para frente que havia venda boa sim...)

Então ele, com a habilidade que muito me faltava na época,  já tinha outras idéias na manga:
- Você bem que podia fazer o produto A. Não vai gastar muito e tem uma saída boa. - Fiquei logo entusiasmado. Naquela altura do campeonato estava topando tudo. - Deixa eu falar com meus clientes...
E lá foi ele acionar os contatos para descobrir quais os maiores problemas do produto. Tudo isso já era uma grande lição: pesquise o produto, pesquise o mercado, se informe. Sai mais barato se informar do que construir o produto e ser surpreendido  com os problemas que ele possa ter.

- É...vende bem- disse ele entre uma ligação e outra – mas costuma ficar rançoso e acaba tendo que fazer muita reposição. – já vinha aquele balde de água fria para acabar com todo o entusiasmo de uma vez só.  – Essa troca de produtos vai corroer os lucros. Se soubéssemos que você iria entrar nessa antes, não tinha dado aquela idéia para o Roberto.


     O mentor era realmente bem criativo, e havia dado uma ideia de um produto para um amigo dele fazer de mão beijada. Roberto já produzia e seguia nas vendas. O mentor, inclusive, era seu cliente, que havia se comprometido a comprar com ele depois que a empresa do Roberto fizesse um ano. ( O que, me parece, seria o período de experiência até que o produto do amigo já tivesse tempo o suficiente para alcançar a qualidade exigida pelo mentor.)

Aquela frustração ao saber que não tinha chegado a lugar nenhum


- Bom  - disse, pensativo – tem outra coisa. Que a gente vendia muito no passado, mas o processo de fabricação era caro e acabava não valendo a pena, mas já reparei que tem gente no mercado que hoje em dia está começando a fazer diferente e, se for como eu acho, vai se muito interessante e lucrativo.

     O produto B vendia muito, a quantidade de venda no mês podia ser expressa em toneladas, no entanto, cada unidade pesava em média 3g e era feita de forma manual. Imagina o custo do tempo e da mão-de-obra para converter esses 3g em toneladas ao longo do mês. Observando o mercado, ele viu que algumas marcas estavam comercializando um produto que apresentava alguns traços de produção automatizada. E se ligou que essa seria a chave para que valesse a pena a fabricação.

    Após muita pesquisa na Internet,  vimos alguns protótipos e confirmamos a teoria do mentor. Era possível inovar o processo de fabricação e criar uma linha de produção automatizada. Mas tudo que encontramos era muito arcaico. Não existia nada que fosse pronto para operar de fato. Não tinha equipamento no mercado para o que eu precisava. Tentando encontrar uma saida, dei a ideia de contratarmos alguém que pudesse criar essa  máquina para mim, a partir do zero. Chamamos um projetista que se dispôs a abraçar a causa e me entregar a máquina em 45 dias. Agora sim... ficava mas tranquilo, porque as coisas estavam andando. Era questão de tempo. Esperar para depois partir para ação. Estava convertendo um acontecimento ruim na vida, a falência da empresa em que trabalhava, em algo positivo, em uma oportunidade... e os ventos começavam a mudar...





Até a próxima, e espero que não seja daqui a um ano...rsrs

Abraços,

PR.

sábado, 28 de julho de 2018

O Quase Naufrágio do Pirata

Há quanto tempo, amigos! Como vão?
Depois de 1 ano tendo desaparecido aqui do blog, senti que faltou encerrar as postagens dando alguma explicação para os que me acompanharam. Volta e meia eu pensava nisso, mas foi tanta correria nesse meio tempo, tantas incertezas também que acabei somente separando esta data para fazer isso.
Desde a minha última postagem, muita coisa mudou. Minha vida virou de cabeça para baixo, mas claro, tudo depende da perspectiva. Estava eu, na minha zona de conforto, com meu lindo plano para alcançar a IF, quando, de repente, um caminhão passou por cima de mim: a empresa que trabalhei acabou. Sim, acabou do nada. Decretou falência e eu fiquei sem receber um tostão. Todo o caso está na justiça ainda, mas devo demorar a receber meus direitos. E o que aconteceu com meu plano para a IF? Imediatamente foi suspenso. E é aqui que talvez aborde algo que não exista na blogsfera financeira: comecei a ter de realizar saques. Comecei a ver meu montante reduzir mês a mês. Triste. Mas, como disse antes, tudo é questão de perspectiva e vou tentar discorrer sobre isso a seguir:
Com a notícia da demissão geral, comecei a refletir o que faria. Resolvi então, dar um tempo nessa história de embarque para, talvez, correr atrás de outras coisas na vida. O que me apareceu logo de cara foram dois caminhos a tomar que me deixaram muito balançado.


  1. A minha primeira opção era me mudar do Brasil, há muito tempo, ando bem insatisfeito com jeito que as coisas andam por aqui e já vinha sonhando em um dia morar em outro país. Queria muito ir para os EUA, mas Portugal também se mostrava bem atrativo, levando muitos fatores em consideração.
  2. A segunda opção era usar de uma espécie de vantagem que possuía aqui. Um familiar meu conseguiu montar uma empresa do nada, apenas com muito trabalho e disposição de errar, errar e errar até fazer dar certo. Percebi que eu poderia usar essa oportunidade ao meu favor e aprender com ele. Que ele poderia ser uma espécie de mentor para mim.

No meu último post, “O Guia do Sucesso Financeiro”, deixei uma fórmula simples, porém eficaz para aumentar o capital. E, olha como as coisas são... Voltando à fórmula: (Renda Primária + Renda Extra) – Despesas mensais= Aporte. Lembro de ter deixado no último parágrafo que eu estaria à procura do que poderia ser minha renda extra. Percebi então, que a melhor maneira de aprender a ter essa renda extra seria com a ajuda dessa pessoa, se quisesse continuar com esse objetivo.
A opção 1 era muito tentadora. Mudar de ares, me esquecer dessa violência que vivemos, de precisar ganhar muito para ter uma qualidade de vida decente aqui e abraçar o novo, num país desenvolvido, com mais riqueza e paz. Ah, ia ser bom, mas não existem certezas nessa vida. E temos que ser um pouco frios nessas horas em que grandes decisões precisam ser tomadas. Após pesar na balança, percebi que as chances de dar certo aqui com alguém me ajudando, seria maior. E me parecia que já começaria com alguns passos na frente, pois esta pessoa já passou por tanta coisa, que o caminho a seguir através de sua ajuda seria muito mais fácil, levando-me a ficar com a opção 2 no final.

Como tenho a intenção de contar a vocês todas essas coisas, vou dividir em essa postagem em mais uma parte, porque já está ficando muito longa..rsrs

E perdoem-me pela falta de estilo no texto ou imagens. Serão apenas posts despretensiosos para mantê-los informados de por onde anda o Pirata.

Bom revê-los,

PR.


PS: Voltei à finansfera para trazer novidades hoje, e descobri que alguém muito importante nos deixou. VdC , vai com Deus. Foi uma perda muito grande a todos e espero que mantenham seu blog no ar, pois do contrário, ele deixará um vazio que não será preenchido por nenhum outro.

.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O Guia do Sucesso Financeiro

Olá futuros milionários!

Resolvi compartilhar aqui uma lista na qual venho refletindo sempre depois de aportar. A paciência é uma qualidade fundamental do investidor, no entanto, a gente, que faz parte dessa geração microondas, quer sempre acelerar o processo. Os itens são extremamente simples, mas cumprí-los na prática nem sempre é tão fácil.

1 Passo: Nasça rico.


Brincadeira pessoal, só para descontrair. Kkk

1- Comece investindo em você.


Estude, se prepare e tenha uma fonte primária de renda capaz de te gerar bons aportes mensalmente.
Talvez esse item seja dispensável para as pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho e já possuem uma carreira definida, no entanto, o intuito aqui é também abranger os mais jovens e os que não sabem o que querem da vida. Para muitos, essa etapa já se concluiu e não pode ser mudada, se esse é o seu caso, nem tudo está perdido. Ainda restam os outros passos.

2- Diminua seu custo de vida.


A matemática é simples: Receita - Despesas mensais = Aporte. Uma vez que a receita tende a se manter a mesma, a menos que consiga promoções ou aumento salarial, o que pode ser feito é reduzir seus gastos. É importante que saiba que na fase de acumulação de patrimônio, o valor do aporte é muito mais decisivo do que altos rendimentos no portfólio. Como o objetivo aqui não é a defesa desse argumento, essa explicação fica para um próximo post. (Se alguém pedir nos comentários ou se eu mesmo tiver disposição...rs). Há várias coisas nesse âmbito que podem ser feitas. Você assiste mesmo a todos aqueles canais da TV paga? Precisa realmente de gastar tanto dinheiro jantando fora ou com itens para firmar seu status social? Essas são algumas perguntas que cada um deve responder a si mesmo. Como cada um indivíduo tem necessidades próprias, se satisfaz mais com determinados tipos de coisas que outros não se satisfazem, não condeno aqui o estilo de vida de ninguém. Cada um sabe de si. O que tenho a compartilhar com os interessados a se aprofundarem nestas questões é que pesquisem sobre o estoicismo e sobre um movimento chamado minimalismo. Existe um documentário na Netflix que aborda bem o tema. Segue o trailer abaixo:




3 - Obtenha bons rendimentos.


Não podemos controlar quais serão os movimentos dos mercados, da economia, do governo e afins, mas podemos controlar a forma como aplicamos o nosso suado dinheiro, entendendo o contexto no qual estamos inseridos e de que forma os ativos tendem a variar de acordo com as perspectivas. Para isso, o investidor deve procurar aumentar seu conhecimento sobre finanças e seus investimentos. Estude, estude bem porque existe cada asneira que vem se propagando agora com essa tendência de experts do mercado, dizendo o que comprar, mostrando qual a bola da vez, qual ativo de valorizar 1000 porcento no ano e outras coisas. Não caia nessa furada. Disciplina, paciência e boas escolhas. Essa é a bola da vez.

4 - Aumente os aportes.


Chegamos ao ponto mais trabalhoso, porém com o maior potencial evolutivo. Já que o salário tende a ser fixo e as despesas mensais podem diminuir substancialmente mas de forma limitada, é necessário melhorar a fórmula básica da acumulação, que fica assim: (Renda Primária + Renda Extra) - Despesas mensais = Aporte.

O que pode ser a renda extra? Essa é a pergunta que eu sempre me faço e não tem uma resposta simples. Pode ser um segundo emprego, se você tiver tempo, uns bicos ou empreender. Como não possuo tempo disponível para acrescentar outra jornada de trabalho e bicos não surgem a torto e a direito, resolvi seguir o caminho do empreendedorismo. Já tive uns 3 projetos, dos quais o principal parâmetro de escolha era o de capital inicial mínimo ou muito pequeno, no intuito de não perder dinheiro e sim criar formas de receitas adicionais. Infelizmente, ainda não posso dizer que obtive sucesso em algum deles, quem sabe um dia. Enquanto isso, vou tendo idéias, anotando e tentando colocá - las em prática, pois, afinal, não dá para abraçar o mundo de uma só vez.


Grande abraço,

PR.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

De volta às origens - Parte Final - Deixando a Matrix

Tripulação do milhão, hoje continuo a série que chamei de De Volta às Origens, que conta um pouco da minha história e um pouco de como eu fui mudando ao longo do tempo. Olhando para trás, vejo que esse processo um tanto me orgulha porque mostra que estou evoluindo, mas também percebo que tenho muito o que melhorar sempre. É para frente que se olha!

Divorciado e gastando como se ainda obtivesse o mesmo nível salarial resultante do meu salário e da minha ex, acabei ficando no negativo e pedi ajuda aos meus familiares e amigos. Devi a 5 pessoas diferentes, uma delas sendo minha namorada, e ainda fui viajar..rs Impressionante a mentalidade das pessoas gastadoras não é mesmo? Agradeço por naquela época, estas pessoas terem condições de me ajudar e naquela situação descobri que tem amizade de verdade mesmo. Valeu, meu amigo, por ter me emprestado aquela grana quando eu muito precisava. Obrigado.

Era então o fundo do poço para o Pirata, financiamento de casa, carro, dívidas e troca de emprego. Fiquei um mês parado sem receber nada. Às vezes, uma situação dessa pode ser algo positivo na vida de uma pessoa, que foi o que aconteceu comigo. Parei de gastar para pagar as dívidas, ia amortizado e também juntando um dinheirinho para pagar o carro, até que essa grana foi o suficiente para quitar totalmente o empréstimo do automóvel. Defino aí o ponto de guinada da situação. O valor que antes era destinado para o pagamento das parcelas do veículo, agora era usado para o pagamento das outras dívidas, que rapidamente foram se extinguindo. Estreei no Tesouro Direto, com uma insegurança que hoje vejo refletida em muitas pessoas que só sabem o que é a poupança e vem conversar comigo. Fui formando aos poucos um colchão de liquidez. Assinei um pacote de análise de Investimentos e comecei a estudar.

A Carteira do Pirata estava cheia...de ar.


Comprei meus primeiros papéis de ações no primeiro trimestre de 2016, com base em indicações de analistas. É a melhor escolha? Não, mas era o que podia fazer com o pequeno entendimento que tinha. Fui convencido a ser mais técnico do que fundamentalista, e vendi meus papéis uns meses depois. Todos com boas valorizações porque vivíamos um rally na bolsa, alguns com 20 outros com 40 porcento. Fiz muito swing trade, foi o melhor timing possível porque era difícil perder dinheiro naquele momento, até que surgiu um Black Swan: A eleição do Trump. Os investidores enlouqueceram, os papéis desabaram. Por sorte não tive prejuízo, foi sorte mesmo. Cometi um erro de operação e acabei montando posição no sentido contrário ao que queria. Naquele dia ganhei dinheiro, mas o IBOV já não apresentava tendência clara de alta e sim uma lateralização. Resolvi ficar de fora até que visse sinais mais claros de uma retomada da tendência anterior, nesse período, ouvi uma entrevista de um cara que sigo e admiro a algum tempo e ele se mostrava contra a análise técnica quando se fala em acúmulo de patrimônio. Refleti muito sobre aquilo nos dias seguintes e vi que de certa forma, ele tinha razão. (Leitor, se você é trader e acha que é uma boa estratégia, siga-a. Tenho muitos amigos que investem e se baseiam em análise técnica. Eu os respeito mas sigo com o que parece ser a melhor opção para mim. Não tenho como objetivo nesse artigo defender meu ponto de vista, já que esta é uma discussão, além de longa, muito antiga.)
Me engajei então num estudo fundamentalista, me uni a grupos que pensavam da mesma forma e continuo investindo desta maneira de lá para cá. Fui buscando conhecimento e aprendendo por meio da melhor ferramenta dos últimos tempos, a Internet. Não posso deixar de citar que a Finansfera contribuiu em muito para todo esse constante aprendizado e a forma de retribuição que encontrei foi me tornar mais um nesse grupo de grandes pessoas, na esperança de que possa contribuir com o pouco que sei com todos os que almejam alcançar a independência financeira.


Muito obirgado pessoal...Vlw!


Fica por aqui a série De volta às origens. Espero que tenham gostado!

Abraços,

PR.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

A carteira do Pirata - Junho de 2017


Olá amigos!

O mês de junho trouxe algumas alegrias mas também algumas tristezas no âmbito financeiro. Mesmo ficando 50% do tempo a mais em casa, consegui reduzir os meus gastos com cartão de crédito. Motivo de alegria saber que o custo de vida vem se reduzindo. Existem coisas que apenas se tornam simples depois de conseguir aplicá-las. Tenho dirigido mais tranquilo e aprendendo a cozinhar para deixar de gastar com gasolina e restaurantes. Antigamente gostava de pisar fundo no acelerador e ouvir o motor roncar. Era ótimo, mas no Brasil essa brincadeira fica cara. Hoje tenho dirigido na maciota e chego do mesmo jeito. Não tem porque querer ganhar 15 minutos de tempo e gastar muito mais. 

Outro ponto positivo desse mês, foi que caiu um dinheiro de umas horas extras que fiz no mês passado e pude dar um gás no aporte. Quem dera fosse sempre assim. Receita maior + despesa menor = caminho da independência financeira. Tudo isso sendo complementado com bons rendimentos... Porém é aí que reside parte do meu descontentamento. Esse mês obtive rentabilidade negativa com a desvalorização de alguns papéis, mas é nessas horas que nos mantemos aos fundamentos e nos motivos pelos quais decidimos comprar cada ativo. 

Vamos aos números:

Aporte do Mês


12.800 reais! Aportei desta vez em 2 FIIs: FIGS11 e MFII11. Vale lembrar que o RMG do FIGS vai até abril de 2019 e que os dados dos relatórios de MFII não são muito transparentes mas confesso que fiquei tentado pelos altos aluguéis e achei que vale a pena arriscar.

Mês com contracheque recheado é assim.

Distribuição da Carteira


1- Renda Fixa: R$ 68.291,62 distribuídos em NTNBs, Selic e Debentures.

2- FIIs: R$ 38.092.52 distribuídos em: AEFI11, FEXC11, BBRC11, BBPO11, BRCR11, VRTA11, FIGS11e MFII11.

3- Ações: R$ 27.790,50  distribuídos em: WIZS3, LREN3 e CIEL3.

4-Fundos de Investimentos: R$ 35.542,86

Total: R$ 169.717,55



Distribuição percentual dos Ativos


1- Renda Fixa: 40,24%

2-FIIs: 22,44%

3- Ações: 16,37%

4-Fundos de Investimentos: 20,94%

Imóvel


Venho pagando um financiamento absurdo desde 2014, da época em que ainda era casado. Esse valor não sai exatamente do meu bolso porque ele está alugado hoje. Há uns 2 meses atrás decidi fazer um teste de mercado e coloquei o imóvel para venda em anúncios pela Internet, como o retorno foi positivo resolvi pedir o apartamento de volta ao inquilino e dei um prazo de 90 dias que eu considero mais do que suficiente para que ele possa programar sua mudança, enquanto isso vou aguardando e levando os interessados para visitar a propriedade.



Rumo aos 200k!

Abraços a todos,

Pirata Rico.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Sociedade Fútil

Saudações a todos os Tripulantes do Milhão!

Na  semana passada, resolvi mudar de agência bancária. O fato é que moro há uns 2 anos na minha cidade atual mas até então na tinha trocado a agência e, ao precisar utilizar um serviço que seria prestado somente no local em que possuía a conta, percebi que era mais fácil (e mais barato) mudar de agência do que perder um dia inteiro indo para a cidade em que morei anteriormente. Até aí tudo bem.

Cheguei no banco e fui atendido por uma gerente que perguntou qual a documentação que eu tinha levado, e me informou que mesmo para migração de conta era necessário que eu apresentasse meu contracheque. Detestável burocracia! Fui eu para a rua à procura de algum lugarzinho com internet que pudesse fazer a impressão para mim. Voltei ao banco e apresentei os papéis, a mulher olhou para mim e para o papel depois me olhou de volta, é impressionante, seu semblante já era outro. Se levantou sorrindo e me perguntou porque meu cartão era um cartão de correntista regular já que eu tinha uma conta diferenciada. Expliquei que na cidade anterior na havia essas agências com contas VIP e quando é assim eles fazem de você um correntista normal ou com a conta mais top compatível com a agência.

– Infelizmente não posso te atender. Sua gerência é ali naquela sala cinza. – disse ela já apontando a direção – Vou te apresentar a eles.

Meu desconforto começava ali. O que eu queria do banco era apenas praticidade. Se a conta era de um jeito ou de outro não me fazia diferença. Tinha saído para a rua vestindo qualquer coisa, como alguém que não passaria pela aquela porta.

O Pirata andando por aí.



– Oi, meu nome é X e vou ser sua gerente. Prazer. Quer café expresso, suco, água de coco? (Brincadeira... não tinha água de coco).

Não. Não queria nada, só trazer minha conta para minha cidade, só isso. Não precisava de gerente que tinha pronto atendimento pelo Whatsapp, que iria me "assessorar" em investimentos. Não sou rico de verdade, só ganho um bom salário. Riqueza é outra coisa, é patrimônio, é independência financeira.

Mas tudo bem, é para isso que essas pessoas estão lá. É o trabalho delas. O que me deixou mais impressionado foi o que aconteceu em seguida. A gerente estava tentando me cadastrar no sistema mas tinha algum problema no aplicativo e ele ficava fechando sozinho do nada. Ela decidiu sair da cabine em que me atendia indo para outros setores para ver se o problema persistia. Demorou e senti vontade de ir ao banheiro enquanto ela não voltava. Saí da sala cinza e a vi num computador no meio do saguão junto com um técnico do banco para ajudá-la. Acontece que esse cara era um colega com quem saía até o ano passado. Havia ficado meio chateado com ele por tê-lo convidado para meu último aniversário,  que seria só para os mais chegados e nem ter respondido se iria ou não, mesmo comigo ligando e perguntando se daria para ele ir. O aniversário chegou e a festa também. O cara sumiu, nunca nem me deu os parabéns e a gente encontrou em alguns momentos depois disso mas tudo foi mera formalidade por que temos alguns ambientes que frequentamos em comum.

Ele me olhava surpreso. Eu tinha saído daquela sala. Estava estampado na cara dele. Não era o mesmo cara que falava comigo formalmente após me encontrar em algum lugar por coincidência. Me perguntou como eu estava, me chamou para sair com ele para tomarmos uma cerveja e reclamou que há muito tempo não fazíamos nada. Melhores amigos. Nessas horas se percebe que se importam muito mais do que quanto você ganha ou tem do que com quem você é. É triste mas é verdade. Houve um tempo em que isso me estimularia a seguir o sistema, querer mostrar o que posso e o que não posso, firmar meu status na sociedade, mas isso ficou para trás. Isso não é verdadeiro. Um patrimônio de verdade é. Ter algo de acordo com sua capacidade, ou se satisfazer com algo bem abaixo da sua capacidade financeira é algo sustentável, o oposto não. Seguirei em frente com a vida frugal, embarquei nessa!

Ostentação? Tô fora...


Abraços do Pirata!



quarta-feira, 21 de junho de 2017

De volta às origens – Parte II – O início na corrida dos ratos

Era dezembro e as expectativas apenas aumentavam. O curso começaria no mês seguinte, e segundo o edital, era necessário comprar uma lista de coisas para que o aluno pudesse passar um período inicial de três semanas de internato, era o que carinhosamente era chamado de “enxoval do aluno”. Fui comprando tudo aos poucos, meia, camisa e uma série de coisas à medida que o tempo foi passando, e resolvi deixar as malas por último. Esse dia foi diferente, minha mãe até então não havia se dado conta que de fato eu iria sair de casa, até que eu cheguei com as malas e ela começou a chorar. Fiquei triste por ela, mas era uma nova etapa na minha vida e estava cheio de esperanças sobre como seria meu tempo lá.

Como tudo sobre o que criamos expectativas demais acaba deixando a desejar, essa não podia ser diferente. Eram muitas atividades o tempo todo, pouquíssimas horas de sono e comida péssima nas primeiras semanas. Acabei atingindo o menor peso que tive até hoje. Como tinha muita coisa rolando ao ar livre e era janeiro, acabava torrando no sol o dia inteiro e fiquei bem moreno. Fiquei tão diferente que meus pais quando foram me buscar da primeira vez não me reconheceram. Fui caminhando na direção da minha mãe e ela me olhou rapidamente, desviando o olhar para procurar o filho dela dentre muitos outros que saíam juntos. Dá para perceber que a situação para você tá feia quando nem sua mãe reconhece que é você na frente dela...rsrs

Eu me olhando no espelho.. O que está acontecendo contigo moleque?!


O ser humano é um bichinho ruim mesmo, se tem uma coisa que eu levo dessa história para a vida é que a gente consegue se adaptar, a gente se acostuma com coisas boas e coisas ruins. Tudo vira normalidade. Esse período foi muito difícil, mas com o passar dos meses, estava lá, de boas, recebendo minha graninha e estudando, começando a comprar minhas primeiras coisas e fazendo grandes amizades, que levo até hoje.
Demorou mas chegou o dia, finalmente me formei e me inseri no mercado de trabalho. E como todo o bom moço de uma família tradicional o que eu fiz? Resolvi casar. Pois é, eu tinha uma namoradinha desde quando passei no concurso e aguardava o início das aulas, entre brigas e mais brigas, a gente se acertou e resolvi tomar uma decisão. Melhor que não tivesse tomado. Compramos um apartamento longe do local que nascemos, e não tínhamos a mínima experiência em morar sozinho. Por essa razão, tomamos o caminho mais fácil e pagávamos faxineira, fazíamos muitos passeios caros, jantávamos fora quase todo o dia. Hoje vejo como desperdiçávamos dinheiro.  Me inseri no consumismo, com a maior facilidade, até porque ela tinha toda a estabilidade do mundo sendo funcionária pública. Mesmo que eu perdesse meu emprego, ela tinha dinheiro de sobra para nos manter enquanto eu não conseguisse nada. Após um ano e dois meses, fui convencido a comprar um apartamento maior. O primeiro realmente era bem pequeno mas tinha saído por um preço excelente. Após dias e dias procurando imóveis, não encontrava nada realmente interessante até que resolvi que seria a última vez que sairia à procura de oportunidades e cumpri o que prometi a mim mesmo: Naquele dia eu achei um apartamento que me agradava em todos os quesitos. Era bem acabado, bem dividido, numa localização excelente e com o preço descontado em relação ao mercado. Fiquei com ele e nos mudamos rapidamente. Os consumos aumentavam, o condomínio era bem caro para a região, mas não nos importávamos, afinal tínhamos uma renda boa e aumentos de salários que pareciam que nunca terminariam.

Jogando o dinheiro fora...pura imaturidade.

Um mês e meio após a compra do apartamento surge um imprevisto na vida: a separação. Foi um período muito difícil, mas hoje agradeço por ter ocorrido naquela época. O pouco que tínhamos foi motivo de brigas e mais brigas judiciais, e acabei fazendo um acordo cedendo parte do que eu tinha para a dita cuja. Imagino como fica um homem que se separa depois de já ter conquistado muito, tendo idade mais avançada.  Você já está com o emocional destruído e ainda vem a $%#@ para querer tirar seu dinheiro, o pior é que a justiça ainda é complacente com essas coisas. É colegas, na vida tem muitas formas para te fazer apanhar, agora para te ensinar a bater, essas são poucas... Fico pensando aqui, até a forma convencional de casamento já acho que começa por desfavorecer os mais descuidados. Acredito que o correto e padronizado deveria ser separação total de bens. Cada um fica com o que é seu e ponto final, em vez de deixar o juiz determinar quem fica com o quê. Ele não sabe o quanto do dinheiro você abdicava para agregar ao casal e nem se a outra parte fazia o mesmo ou gastava com pura besteira. Ok Vida, lição anotada e aprendida. Próxima!

Next!

No próximo post da série pretendo contar como foi o período pós-separação, minha iniciação no mundo dos investimentos e como venho me desenvolvendo pessoalmente.

Abraços do Pirata!